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Aprendizagem ativa, ATIVAR!

Quando você pensa em uma sala de aula, quem você imagina como o ponto central? Se for o professor, infelizmente precisamos atualizar a sua forma de pensar o ensino.

Hoje falaremos sobre a aprendizagem ativa, que é uma metodologia de ensino que tem o objetivo de colocar o aluno como o principal foco, com o objetivo de envolver esse indivíduo de forma ativa em todo o processo de conhecimento. O aluno deixa de apenas receber informações de forma passiva, ele participa. A sala de aula vira um espaço de PROATIVIDADE.

Você, professor, (e até pais com filhos estudando em casa e querem participar mais do ensino) pode estar pensando: como fazer isso? Essa metodologia de ensino utiliza diversas técnicas educacionais como: atividades de leitura, grupos de debate, grupos de estudos de caso e o desenvolvimento de trabalhos práticos.

São exercícios e práticas que ajudam os estudantes a adquirirem o conhecimento a longo prazo, a chamada “memória de trabalho”. E vamos apresentar algumas técnicas para vocês:

 

Peer Instruction

O Peer Instruction, ou aprendizado entre pares, é um dos métodos que é utilizado na aprendizagem ativa. De uma maneira bem simples, o Peer Instruction acontece quando os alunos aprendem exatamente por meio da interação com outros alunos. Por diversas razões, muitos alunos conseguem adquirir um melhor entendimento de alguma técnica ou conceito.

SQA

Sigla para o que já Sei (S), Quero saber (Q) e o que já Aprendi (A). A estratégia funciona para que docentes e tutores entendam em que ponto seus alunos se encontram antes de iniciar uma atividade ou percurso temático. Trata-se de uma tabela dividida em três colunas.

Antes de começar os trabalhos, o aluno ou a sala toda em conjunto preenchem a primeira coluna com aquilo que já sabem sobre o tema. Na segunda coluna, colocam o que têm interesse de aprender sobre o assunto. Depois, no fim da exploração, que pode durar uma aula, uma sequência ou até o ano todo, devem retomar a tabela para preencher a última coluna, com o que realmente aprenderam.

Bilhete de saída

Essa técnica é adotada no encerramento de uma aula ou atividade. A estratégia do bilhete de saída é usada para verificar como os estudantes receberam a proposta e o que conseguiram aprender com aquela prática.

Nas aulas presenciais, pode-se utilizar um bilhetinho mesmo, onde alunos podem usar até emojis para falar o que acharam da aula, como se sentiram com essa prática. Já alunos mais velhos podem fazer algo mais reflexivo, mas sempre respondendo a uma pergunta simples. A ideia é que o bilhete ajude o professor a ver o que deu certo ou não, quais tipos de aulas estão funcionando e o que pode ser feito na sequência. Já nas aulas online, pode ser por meio de mensagens privadas.

Para pôr em prática essas técnicas é preciso entender e estudar a fundo como funciona a aprendizagem ativa. Ela pode dar mais “trabalho” no início, alguns alunos já acostumados com a passividade podem ter resistência, mas com o tempo e as ferramentas necessárias, os resultados são incríveis para ambos os lados.

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SP vai fazer mapeamento emocional de alunos e professores da rede estadual

O governo de São Paulo vai fazer, neste ano, um mapeamento das habilidades socioemocionais (ou seja, para lidar com as emoções e os desafios do dia a dia) dos alunos e profissionais da educação. A pesquisa deve seguir o modelo de uma avaliação feita em novembro de 2019 apenas com estudantes da rede estadual —antes da pandemia do coronavírus. O questionário para professores foi disponibilizado hoje. Os outros profissionais do setor terão acesso ao estudo no segundo semestre de 2021. “Não existe isso de você estar errado ou reprovado por dizer sobre tal competência. Será sobre a percepção [do aluno e do profissional]”, afirmou o secretário estadual de educação, Rossieli Soares.

Soares disse que deve participar da autoavaliação, assim como todos os servidores da área. No evento em que falou sobre o novo mapeamento, o secretário também anunciou que alunos dos anos iniciais serão incluídos no programa Inova Educação, que oferece disciplinas eletivas (matéria escolhida pelo aluno). Para estudantes do 1º ao 5º ano serão oferecidas aulas de inglês. A disciplina não é obrigatória nessa etapa. A partir de 2022, os alunos poderão aprender o idioma junto do período da alfabetização. De acordo com o secretário, a pasta está contratando mais profissionais, mas ele não detalhou o número.

Alunos relataram falta de confiança e de curiosidade
A pesquisa sobre habilidades socioemocionais feita em 2019 apontou que estudantes do 5º e 9º ano do Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio não sentem confiança em outras pessoas. Participaram do levantamento mais de 110 mil alunos e 3,5 mil escolas da rede durante o Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), em novembro de 2019. A pesquisa apontou que as habilidades socioemocionais podem colaborar, além do desempenho escolar, em aumentar o pertencimento escolar e reduzir a violência nas escolas. Caso um aluno, por exemplo, aumente sua percepção em uma competência como abertura ao novo de pouco desenvolvido para bem desenvolvido, ele pode ter um ganho de 5,5 meses de aprendizado em Língua Portuguesa, por exemplo.

Autovaliação de frases
Segundo o secretário Rossieli Soares, os alunos fizeram uma autoavaliação de frases como “acredito no melhor das pessoas” e “acredito que as pessoas nunca falam toda a verdade”, indicando um grau de 1 a 5. A partir daí foi possível perceber que estudantes das diferentes etapas se identificam com baixa confiança nas outras pessoas ao longo da trajetória escolar. Rossieli admitiu que o recorte sobre a confiança preocupa, mas ponderou que “é natural, existe uma tendência global, que tenha queda [dos níveis] no 9º ano, mas tem uma recuperação no Ensino Médio”.

Para a professora e presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), Maria Helena Guimarães, a percepção de baixa de confiança está relacionada a faixa etária do aluno. “A criança do 5º ano tem confiança em si mesma, já o aluno mais velho passou por mudanças físicas, emocionais, que podem fazer com que ele perca isso à medida que cresce. Esse é um trabalho que deve ser feito inclusive no retorno das aulas presenciais e de formação dos professores para entender”, apontou.

Curiosidade em aprender também preocupa
Além da confiança, a pesquisa, feita em parceria com o Instituto Ayrton Senna, trouxe a percepção —e não o desempenho— dos alunos sobre eles mesmos em itens como empatia, responsabilidade e curiosidade em aprender. Nesta última habilidade, o dado obtido também preocupa. No 5º ano, 12,6% dos estudantes se perceberam “como pouco desenvolvido” em relação à curiosidade em aprender. Foram 13,4% no 9º ano e 8,8% na 3ª séria do Ensino Médio.

“Como ensinamos Matemática, Ciência se o foco, persistência e a curiosidade do aluno é baixa?”, questionou Kátia Stocco Smole, conselheira do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e diretora do Instituto Reúna. Para a gerente executiva do EduLab21 do Instituto Ayrton Senna, Gisele Alves, quando um aluno se identifica como “pouco desenvolvido”, ele está emitindo um sinal de alerta. “É uma autopercepção do estudante que reconhece que está com dificuldade de aplicar aquilo no seu dia a dia, é quase como um pedido de ajuda.”

Kátia ressalta que, enxergar a “integralidade do aluno”, ou seja, não só as habilidades cognitivas, conforme indica a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), é essencial, principalmente em um momento como o atual.

Questionado sobre dados que mostrem a atual situação dos alunos, no momento de pandemia, o secretário afirmou que será feito um novo estudo. “Na vida escolar, as competências socioemocionais podem melhorar o desempenho escolar e a pandemia traz novos desafios.”

“Embora os dados sejam de 2019, na pré-pandemia, muito provável que esse mesmo tipo de percepção ocorra em 2020 com as escolas fechadas. É bastante possível que essa percepção dos alunos em relação a si mesmo, como veem a escola, os colegas, pode até de alguma maneira aparecer mais forte na volta às aulas”, disse a presidente do CNE.

Autoconfiança requer atenção nas vítimas de bullying, diz estudo
A pesquisa também trouxe dados sobre o bullying nas escolas. Estudantes que sofreram algum tipo de violência responderam seis perguntas sobre ocorrências dos 30 dias anteriores à pesquisa. Já os chamados ‘intimidadores’, cerca de 10%, responderam uma pergunta sobre cometer bullying. O resultado foi:

  • Aparência do corpo foi apontado como o principal tipo de bullying sofrido pelos alunos, seguido de aparência do rosto e cor ou raça.
  • A autoconfiança e a responsabilidade são as competências que pedem mais atenção das vítimas.
  • Já no caso dos intimidadores, é preciso olhar para tolerância à frustração.
  • Todas as séries tiveram um índice de mais de 30% dos alunos se identificando com baixo desenvolvimento nesta habilidade.

    Fonte: Uol Educação

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O elo entre a escola, os professores e os pais

Você já parou para pensar na função que um coordenador pedagógico tem dentro de uma escola? Esse cargo, por vezes confundido com a administração da instituição já que acaba absorvendo outras demandas, é essencial para fazer fluir o ensino, planejamento e relações entre alunos, pais e professores.

Ele cria elos e constrói pontes de comunicação que visam, acima de tudo, o aprendizado e evolução do aluno. Mas, como ele faz isso?

 

Apoio aos docentes

O papel do coordenador é de subsídio aos professores. Diferente do que pode ser aplicado erroneamente, ele não cria responsabilidades a mais para os docentes, ele apoia. Ele planeja uma gestão de aprendizagem e conhecimento estrategicamente.

Por vezes, sendo necessário ser “coparticipante” do processo de ensino, verificando onde existem maiores dificuldades dentro de sala de aula, ajudando a melhorar o método. É um formador de opinião e de comportamento.

 

Incentivador de alunos

Um dos requisitos a ser preenchido pelo cargo de coordenador pedagógico, além de qualificação especializada, é o de inteligência emocional.

Seja interpessoal, promovendo boas relações, incentivando professores e alunos e criando um espaço de segurança e confiança para que a aprendizagem possa fluir, como qualidades intrapessoais, sendo ousado nas decisões e buscando sempre pelo dinamismo.

Dessa forma, ele age como um exemplo aos alunos. Não é uma imagem que passe “medo”, mas inspiração.

 

Acolhimento aos pais

A proximidade com as famílias exige preparo, estratégia, disciplina e persistência. Os resultados podem ser surpreendentes. Usaremos como exemplo a A rede de ensino de Quixeramobim (CE). Lá, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental conquistaram a porcentagem de aprendizado adequada em língua portuguesa superior a 80%. Resultado do papel da coordenação pedagógica, a proximidade com a família e o incentivo à leitura.

Entender a realidade dos alunos e inserir esse conhecimento nas suas estratégias pedagógicas é essencial para que a comunidade também entenda o papel da educação e dos professores na construção de um futuro aos alunos.

É a visão amplificada de forma inteligente, consciente e humana agindo diretamente em função da educação e na busca por soluções no âmbito escolar.

Por isso é tão importante que esses profissionais tenham a qualificação necessária. Quando a sua atuação se funde a outras funções, fica difícil de agir naquilo que é proposto. Saber exatamente a sua função e estar preparado profissional e emocionalmente garante a coesão e fluidez dos processos.

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WhatsApp na aula: o que fazer para tirar o melhor proveito da ferramenta?

Lidar com celulares em sala de aula já foi uma questão que dividiu a opinião de educadores. Só que veio a pandemia, o ensino remoto e, dependendo da realidade, ele é o principal meio que os estudantes possuem para acesso aos conteúdos escolares, como mostrou a pesquisa Painel TIC Covid-19. O uso do aplicativo de mensagens WhatsApp para repassar conteúdos e manter contato entre professores e alunos tornou-se parte do cotidiano das aulas.

A inserção da tecnologia é vista como um auxílio na aprendizagem. Mas no caso do WhatsApp, por exemplo, alguns outros desafios se apresentam, tais como delimitar horários de uso, interação com as famílias e maneiras de engajar os estudantes. Outras questões tem a ver com a natureza do aplicativo, para comunicação, e não para ser um ambiente virtual de aprendizagem.

Estabeleça combinados
Professores e professoras que utilizam o WhatsApp para repassar os conteúdos aos alunos precisam ser bem claros quanto à necessidade de uso e horários que estarão disponíveis para tirar dúvidas e atender estudantes. Quem reforça isso é a professora Cristiane Dias, do EEF Professor Lapagesse, em Criciúma (SC). Ela conta que a coordenação deixou claro, durante as reuniões de pais, os momentos de contato via WhatsApp entre professor e aluno.

Ser bastante transparente sobre os horários, para Cristiane, é o que facilita a ela poder trabalhar e não ver cruzarem uma fronteira maior do que a devida entre trabalho e escola. Não que o professor não deva prestar atendimento ao aluno caso seja acionado, mas é preciso e saudável, tanto para os alunos quanto para o corpo docente que esses limites sejam obtidos.

Uma das grandes reclamações dos professores está justamente nessa dificuldade entre separar tempo de atividades e ter inclusive um próprio descanso. Outra ação que pode facilitar nessa questão é ter dois números de telefone, um exclusivo para o atendimento aos alunos, e outro número pessoal. Quem aponta isso é o professor Greiton Toledo de Azevedo, do IFGoiano (Instituto Federal Goiano), em Ipameri (GO). Ele próprio adotou essa tática, e já combinou com os alunos quando e como eles podem entrar em contato. No caso de dúvidas, se elas aparecerem fora do horário, ele diz que responde, mas em momento oportuno.

Uma ótima maneira de lidar com o tempo é, segundo Greiton, conversar com a turma e fazê-los entender que os horários devem ser respeitados. Não se trata de uma ordem vertical, mas trazer os estudantes para o protagonismo também, ele diz.

A presença da família também é importante no incentivo aos estudantes que estão em casa. Contudo, não é tarefa de pais e mães a aplicação das atividades, mas podem colaborar dando apoio sempre que possível. O contato de familiares com professores também deve ser compactuado em conjunto e os professores devem também conversar e estabelecer horários para a comunicação.

Dificuldade de engajamento e agora?
Usar o WhatsApp também pode ter uma outra dificuldade que é se fazer ser entendido e garantir que a informação que chega aos alunos é inteligível. É aqui que professores e professoras vão precisar exercitar a criatividade na hora de aplicar os conteúdos.

O aplicativo de mensagens é uma ferramenta de apoio, é preciso reforçar, e pode ser usada de maneira efetiva para iniciar uma conversa que pode ser retomada em sala na aula seguinte, por exemplo. É assim que a professora Cristiane Dias atua. Ela compartilha com os grupos links de músicas e vídeos, por exemplo, para que a turma veja via WhatsApp e retoma no próximo encontro numa espécie de sala de aula invertida.

As dificuldades de engajamento existem – seja no esquema vídeo chamada, seja no aplicativo de mensagens. E a criatividade do professor pode ser trabalhada em conjunto com o aluno, trazendo-os para dentro do processo todo de aprendizagem.

É utilizando o aplicativo de mensagens, por exemplo, que o professor consegue trabalhar diferentes tipos de comunicação, como oral e escrita.

Outro ponto de destaque é que existe um problema estrutural de acesso a dispositivos eletrônicos. Tendo isso em vista, procure usar com moderaçãoarquivos que ocupem muita  memória do telefone (vídeos, por exemplo).

Resumindo:
– Seja sempre claro e direto nos motivos de estar usando WhatsApp
– Combine com a turma como farão esse uso
– Use a criatividade na hora de enviar conteúdos. Crie uma sensação de expectativa para o que vai acontecer na próxima aula
– Lembre sempre que o aplicativo de mensagens deve ser uma ferramenta de apoio e deve ser usada com outras ferramentas.

Confira mais dicas de conteúdos para serem trabalhados no WhatsApp acessando a ferramenta AprendiZap.

Escrito por: Ruam Oliveira