Categorias
Para educadores

A importância da organização para cultivar o desenvolvimento socioemocional na educação

Sabemos  que a dinâmica da educação contemporânea tem demonstrado que não basta apenas transmitir conhecimentos acadêmicos aos alunos. O desenvolvimento socioemocional ganha cada vez mais destaque como pilar fundamental para a formação integral dos indivíduos. Nesse contexto, educadores desempenham um papel crucial, não somente como transmissores de informações, mas como facilitadores do crescimento emocional e social dos alunos. E um aspecto muitas vezes subestimado, mas essencial para criar esse ambiente propício à aprendizagem socioemocional, é a organização do espaço de ensino.

O ambiente como facilitador do desenvolvimento socioemocional

É inegável que a organização física do ambiente de ensino desempenha um papel relevante na eficácia das práticas pedagógicas. Entretanto, quando pensamos na perspectiva da educação socioemocional, a importância da organização transcende o simples arranjo de mesas e materiais. Um ambiente organizado, estruturado e acolhedor é um convite à exploração, à concentração e à comunicação aberta, criando um solo fértil para o cultivo das habilidades socioemocionais dos alunos.

Manter um ambiente organizado não se resume a aspectos visuais ou estéticos. A organização também se estende à maneira como os educadores interagem com os alunos, às regras e normas estabelecidas, à clareza das instruções e à consistência das práticas. Essa dimensão emocional da organização cria uma sensação de segurança, previsibilidade e respeito mútuo, elementos cruciais para o desenvolvimento socioemocional.

Promovendo a autonomia e a responsabilidade

A organização, quando entendida como uma prática contínua, traz um benefício notável: a promoção da autonomia e da responsabilidade nos alunos. Ao saberem onde encontrar recursos, entenderem as rotinas e participarem da manutenção da ordem do ambiente, os alunos sentem-se parte ativa do processo educacional. Isso os capacita a tomar decisões conscientes, a lidar com a gestão do tempo e a cooperar de maneira mais efetiva com os colegas.

O Instituto Signativo compreende que a organização não é uma mera questão prática, mas uma manifestação dos valores socioemocionais cultivados. Através da organização, os educadores podem demonstrar o respeito pelo espaço compartilhado, a valorização da colaboração e a disposição para cuidar do bem-estar emocional dos alunos.

Assim, manter um ambiente organizado vai muito além da aparência física; é um reflexo do compromisso com o desenvolvimento integral dos alunos. Na jornada pela educação socioemocional, a organização emerge como uma ferramenta valiosa para criar um espaço onde o crescimento emocional, social e intelectual floresce. O seu papel como educador transcende a sala de aula, moldando não apenas o futuro dos alunos, mas também a maneira como eles percebem o mundo e se relacionam com ele.

Portanto, ao pensar na organização do ambiente, lembre-se de que está criando um cenário propício para a transformação de vidas, um passo significativo em direção a um futuro emocionalmente inteligente.

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

Educadores em formação contínua: Navegando pelo mar da educação em constante transformação

Em um cenário educacional em constante evolução, a jornada de aprendizado não é exclusiva dos alunos. Como educadores comprometidos com o desenvolvimento integral de seus alunos, nós também desempenhamos um papel vital no processo de transformação educacional. O Instituto Signativo, que preza pela educação socioemocional e desenvolvimento humano, entende que a formação contínua dos educadores é um pilar fundamental para a construção de um ambiente educativo enriquecedor e emocionalmente inteligente.

A sociedade em mudança e a educação socioemocional

O mundo contemporâneo é dinâmico e cada vez mais interconectado. Os desafios que os educadores enfrentam atualmente ultrapassam as fronteiras das disciplinas tradicionais. A educação socioemocional emerge como uma necessidade vital para preparar os alunos para a vida em sociedade, desenvolvendo habilidades como empatia, comunicação eficaz, resolução de conflitos e autoconsciência. Nesse contexto, os educadores têm a responsabilidade de guiar seus alunos não apenas intelectualmente, mas também emocionalmente.

A formação inicial é apenas o ponto de partida. O processo de formação não se encerra com o diploma, mas é um ciclo contínuo de aprendizado. A importância da formação contínua para educadores reside no fato de que ela permite a adaptação às demandas em constante mudança da educação e da sociedade. A evolução das metodologias, a incorporação de tecnologias educacionais e a compreensão em constante aprimoramento do desenvolvimento socioemocional são razões inegáveis para permanecer em um estado de aprendizado constante.

Educação socioemocional: uma jornada de transformação pessoal e profissional

Ao optar por se manter em processo de formação, os educadores não apenas se atualizam sobre práticas pedagógicas inovadoras, mas também têm a oportunidade de crescer como indivíduos. A educação socioemocional permeia não apenas o conteúdo, mas também a própria experiência do educador. A reflexão sobre as próprias emoções, a empatia pelos alunos e colegas e a capacidade de criar um ambiente emocionalmente seguro e enriquecedor são resultados tangíveis dessa formação contínua.

O Instituto Signativo, centrado na educação socioemocional e no desenvolvimento humano, atua como um farol inspirador nessa jornada de formação contínua. O compromisso com metodologias transformadoras, inovadoras e significativas reflete-se na maneira como a formação é abordada. Ao capacitar educadores para compreenderem e aplicarem princípios socioemocionais em sua prática, estamos catalisando uma transformação que se estende para além das salas de aula.

Assim, ao abraçar a formação contínua, os educadores não apenas abrem portas para o aprimoramento de suas práticas pedagógicas, mas também para o desenvolvimento de uma abordagem integral e emocionalmente inteligente à educação. A jornada de aprendizado nunca termina, e cada novo conhecimento adquirido e habilidade desenvolvida é uma contribuição valiosa para a construção de um futuro mais consciente, emocionalmente saudável e colaborativo. Assim como nós guiamos nossos alunos, também estamos todos sendo guiados por nossa dedicação à formação constante. Através dessa jornada, a transformação dos educadores é o alicerce para a transformação das gerações vindouras.

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

O poder das emoções na educação segundo a Neurociência

Você já se perguntou sobre o papel das emoções na educação? A jornada do aprendizado não se limita apenas ao intelecto. As emoções desempenham um papel crucial em nossa maneira de aprender, crescer e interagir com o mundo ao nosso redor. Hoje, mergulharemos no fascinante mundo das emoções sob a lente da Neurociência, desvendando como compreender e cultivar as dimensões emocionais pode revolucionar nossas abordagens educacionais.

A Neurociência, que estuda o cérebro e seu funcionamento, tem revelado que nossas emoções são intrinsecamente ligadas aos processos de aprendizagem e memória. A amígdala, parte do cérebro responsável pelas emoções, tem um impacto profundo em como processamos informações. Quando nos sentimos emocionalmente engajados e conectados, nossa capacidade de reter informações aumenta significativamente. Isso significa que, como educadores, criar um ambiente emocionalmente seguro e estimulante é a base para um aprendizado profundo e duradouro.

Além disso, as emoções estão profundamente entrelaçadas com a tomada de decisões. A Neurociência nos mostra que nossas escolhas são influenciadas por nosso estado emocional. Isso tem implicações diretas na maneira como os alunos respondem aos desafios, resolvem conflitos e desenvolvem habilidades sociais. Como educadores comprometidos com o desenvolvimento integral, a compreensão das emoções não apenas enriquece o ambiente de aprendizado, mas também equipa os alunos com ferramentas cruciais para a vida.

Mas como podemos traduzir esse conhecimento em ação? O Instituto Signativo tem como essência a promoção da educação socioemocional, e a Neurociência valida essa abordagem. Integrar momentos de reflexão emocional, práticas de mindfulness e a exploração das emoções por meio de atividades pedagógicas pode nutrir a inteligência emocional dos alunos. Afinal, desenvolver a empatia, o autocontrole e a autorregulação emocional é tão importante quanto o domínio de conceitos acadêmicos.

Nossa missão enquanto educadores deve ir além da transmissão de conhecimentos. É também inspirar os alunos a compreenderem a si mesmos e aos outros, a enfrentarem desafios com resiliência e a se tornarem cidadãos emocionalmente conscientes. A Neurociência nos proporciona insights valiosos sobre como atingir esse objetivo.

Portanto, ao adentrar o universo emocional de seus alunos, lembre-se de que você está plantando sementes de compreensão, empatia e autodescoberta que irão florescer ao longo de suas vidas. A Neurociência nos mostra que as emoções são a essência da nossa humanidade. E como educadores, vocês têm o privilégio de guiá-las em direção ao crescimento e à transformação.

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

A importância de promover um ambiente escolar inclusivo

A busca por um ambiente escolar inclusivo é uma jornada imprescindível para o desenvolvimento integral dos alunos. Trata-se de criar um espaço acolhedor e empático, onde cada estudante se sinta respeitado em sua individualidade, independentemente de suas características, habilidades ou origens. Nesse contexto, a inteligência emocional surge como uma ferramenta poderosa para fortalecer a diversidade e a inclusão nas emoções dos alunos.

A inteligência emocional é a habilidade de reconhecer, compreender e lidar com as próprias emoções e as emoções dos outros. Ao promover a inteligência emocional na escola, os gestores educacionais e professores capacitam os alunos a desenvolverem uma compreensão mais profunda de si mesmos e dos colegas. Isso permite que cultivem a empatia, respeitem as diferenças e criem laços de amizade mais significativos.

Um ambiente escolar inclusivo também valoriza a diversidade, reconhecendo que cada aluno traz consigo experiências, culturas e perspectivas únicas. É fundamental que a escola proporcione um espaço onde a diversidade seja não apenas tolerada, mas também celebrada. Ao incentivar a valorização das diferenças, os alunos aprendem a respeitar e apreciar a riqueza que a diversidade proporciona.

Além disso, a inclusão emocional é um pilar essencial para a promoção de um ambiente escolar inclusivo. Isso envolve a criação de um ambiente onde as emoções dos alunos são acolhidas e respeitadas, permitindo que se sintam confortáveis para expressar suas emoções sem medo de julgamento. Essa abordagem encoraja a autenticidade e a busca por uma comunicação mais honesta e aberta entre todos os membros da comunidade escolar.

Promover a inteligência emocional, a diversidade e a inclusão nas emoções dos alunos é um processo que requer sensibilidade, paciência e um trabalho contínuo. Os gestores educacionais e professores têm um papel fundamental nesse processo, atuando como facilitadores para o desenvolvimento emocional e social dos estudantes.

Nesse sentido, é importante investir em programas e atividades que fomentem o diálogo, a escuta ativa e o respeito mútuo. Incentivar projetos que promovam a inclusão, como grupos de apoio a minorias e atividades de conscientização, também são estratégias eficazes para criar uma cultura escolar mais inclusiva.

Quando os alunos se sentem incluídos e valorizados, sua autoestima e confiança se fortalecem, resultando em um ambiente propício ao aprendizado e ao desenvolvimento pleno. A escola se torna um espaço onde cada aluno se sente seguro para ser quem é, explorar seus talentos e contribuir com suas habilidades únicas.

Promover um ambiente escolar inclusivo é um investimento no futuro, criando cidadãos mais conscientes, empáticos e preparados para enfrentar os desafios de uma sociedade diversa. Portanto, é fundamental que gestores educacionais e educadores se unam para construir uma escola verdadeiramente inclusiva, onde cada aluno possa florescer e crescer emocionalmente, intelectualmente e socialmente.

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

Você ensinaria um peixe a subir em uma árvore?

“Todo mundo é um gênio. Mas se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir em árvores, ele viverá o resto de sua vida acreditando que é um idiota.” – Albert Einstein

Neste mundo diverso e cheio de talentos variados, é essencial lembrar que cada indivíduo tem suas próprias habilidades e capacidades únicas. No entanto, muitas vezes, encontramos crianças que não se encaixam nos moldes tradicionais, que são rotuladas e julgadas por não se conformarem. Através de uma entrevista reveladora com Anne Maxwell, LCSW, exploramos a importância de capacitar essas crianças a abraçarem sua singularidade e desenvolverem seu verdadeiro potencial.

Desafiando os rótulos e abraçando a diversidade

O sistema educacional e a sociedade frequentemente tentam encaixar as crianças em categorias predefinidas. No entanto, como Anne Maxwell enfatiza, muitas crianças não se encaixam nesses padrões. Elas possuem maneiras únicas de comunicar, interagir e ver o mundo. Ao invés de forçá-las a se adaptarem, deveríamos estar criando ambientes que as permitam florescer em suas próprias formas.

Anne nos lembra: “Algumas das minhas crianças favoritas são as que nunca se encaixam, que sempre foram muito diferentes, e as pessoas nunca souberam o que fazer…” Isso reflete um chamado à ação para pais, educadores e todos que trabalham com crianças a adotarem uma mentalidade mais aberta e inclusiva.

Potencializando capacidades especiais

Anne Maxwell traz à tona a ideia de que não há nada de errado com essas crianças, elas são simplesmente diferentes. Com mais de 25 anos de experiência trabalhando com crianças que são rotuladas com “transtornos”, ela desenvolveu uma abordagem revolucionária para ajudá-las a transformar seus desafios em forças. Seu método permite que essas crianças, seus pais e familiares redefinam seu modo de ser, encontrando uma abordagem que funcione melhor para eles.

Construindo ambientes de aceitação e empoderamento

Como pais, educadores e membros da sociedade, a responsabilidade de criar ambientes onde todas as crianças possam florescer recai sobre nós. Em vez de nos concentrarmos em suas diferenças, devemos nos esforçar para identificar e nutrir suas paixões, talentos e pontos fortes individuais. Isso não apenas aumentará a autoestima das crianças, mas também contribuirá para um mundo mais diversificado e enriquecedor.

Conclusão: um chamado à ação

A lição que Anne Maxwell nos ensina é poderosa: ao invés de tentar transformar peixes em escaladores de árvores, devemos reconhecer e valorizar as habilidades naturais de cada criança. Devemos criar um ambiente onde todas as crianças se sintam aceitas, independentemente de suas diferenças, e onde possam explorar plenamente seus potenciais únicos.

Portanto, é hora de abraçar a diversidade, rejeitar rótulos limitantes e adotar uma abordagem mais inclusiva em nossas interações com as crianças. Ao fazer isso, não apenas ajudamos as crianças a brilharem, mas também construímos um futuro mais empoderado e harmonioso para todos.

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

Construindo pontes de confiança na formação de educadores: O Instituto Signativo como aliado

Quando se trata de educar e inspirar, a confiança desempenha um papel fundamental, especialmente quando se trata de educadores. É preciso acreditar na abordagem, nos profissionais envolvidos e nos projetos que moldam o futuro das nossas escolas. O Instituto Signativo oferece especialização aos educadores, com elementos teórico-metodológicos para a construção de um conhecimento aprofundado sobre o desenvolvimento de habilidades socioemocionais em processos de aprendizagem, com o propósito de inspirar a transformação de pessoas, através de novos olhares para a educação.

Temos esse compromisso genuíno, que tem transformado vidas, e o realizamos por meio do desenvolvimento humano e da educação socioemocional. A confiança construída através da reputação e da credibilidade que o Instituto Signativo possui, a partir da história de sucesso que traçamos, tem grande relevância, de impacto positivo na formação dos profissionais da Educação Básica que passam por nós.

A confiança dos educadores é o combustível que impulsiona nossa paixão por promover uma educação transformadora, que visa promover aprendizagens significativas, relevantes para os tempos atuais e futuros. É uma honra e um privilégio saber que fazemos parte do caminho de crescimento profissional dos educadores, contribuindo para que eles se tornem ainda mais capacitados e inspiradores em suas práticas educativas.

Ao entrarem em contato conosco, os educadores se certificam de que estão se associando a uma Instituição respeitada e comprometida com abordagens participativas da Inteligência Socioemocional e da Educação Integral, e que reconhece as relações humanas como pilares fundamentais para as aprendizagens. Essa visão holística, que considera as dimensões intelectual, física, emocional, social e cultural, é o que diferencia o trabalho do Instituto Signativo.

Conquistando essa confiança dos educadores, podemos capacitá-los, para que se tornem agentes de mudança em suas salas de aula e comunidades educacionais. Estamos fornecendo, a eles, as ferramentas e os conhecimentos, desenvolvendo as habilidades necessárias para criar um ambiente de aprendizado enriquecedor, que promova o desenvolvimento integral dos alunos.

Agradecemos profundamente a todos pela confiança depositada em nós e nos comprometemos a continuar trabalhando com dedicação e entusiasmo, buscando sempre superar as expectativas dos educadores. Sua confiança nos motiva a avançar, a expandir nosso impacto e a continuar transformando vidas, por meio da educação socioemocional.

 

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

Educação Integral: Transformando a visão tradicional da educação

Mais do que um conceito, a EDUCAÇÃO INTEGRAL é um modo de pensar o mundo e as relações interpessoais. Educação é muito mais do que o que acontece na escola. “Integral” refere-se não só à necessidade de enxergar o indivíduo em sua inteireza, mas também à importância de integrar a educação a tudo o que ocorre no entorno daquele que é educado. A educação deve garantir o desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões e se constituir como projeto coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades locais.

A concepção de educação integral apoia-se em cinco eixos principais:

 

  • Centralidade do estudante: O currículo, as atividades e os locais de aprendizado devem ser construídos a partir das demandas do estudante. Cada um deles é único e capaz de trazer transformações importantes. E o protagonismo deve fazer parte de sua jornada educativa. Para isso, os educadores precisam conhecer as múltiplas formas pelas quais os indivíduos aprendem e se desenvolvem, além de aplicar diferentes métodos para corresponder às necessidades e expectativas de cada um;
  • Aprendizagem permanente: A multidimensionalidade do sujeito norteia a sua educação. Todos estamos em constante e ininterrupta formação. O conteúdo acadêmico deve ser integrado aos saberes dos estudantes e suas comunidades. É preciso buscar estratégias que não garantam apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o social, físico, emocional e cultural. Portanto, os conteúdos acadêmicos devem contemplar práticas educativas que possibilitem a compreensão do corpo, das emoções, das relações e códigos socioculturais;
  • Inclusão: Deve haver respeito a todas as diferenças, integrando-as no modo de pensar a prática educativa. São consideradas as origens sociais, culturais, raciais, o gênero, credo, a localização geográfica e muitos outros aspectos, nessa perspectiva inclusiva. Os processos educativos devem compor espaços de inclusão e preservar a diversidade como um valor;
  • Gestão democrática: Crianças e jovens devem participar do planejamento. O Projeto Político Pedagógico de cada unidade de ensino deve ser construído e acompanhado com a participação ativa de alunos, educadores, famílias e de toda a comunidade;
  • Territorialidade: Aprendemos com aquilo que vivemos – coisas boas e ruins. O lugar onde vivemos, nossa rua, nosso bairro, nossa escola, nossa cidade e nosso país são espaços que expressam a identidade daqueles que o habitam. Por isso, é importante aproveitar todo esse potencial na hora de construir o projeto pedagógico.

Na educação integral, o aluno é SUJEITO da aprendizagem, não objeto. Trata-se de uma educação contextualizada, que busca a integração entre o que se aprende e o que se pratica. Outro princípio da educação integral é a ampliação do tempo de permanência nas escolas, já que os processos educativos devem articular diferentes tempos e espaços para garantir a diversificação de interações. Quanto mais diversificadas forem essas relações, mais cheio de possibilidades será o universo social e cultural dos alunos. 

A educação integral também considera pertinente a construção de uma ambiência para aumentar a participação, o diálogo, a troca e a criatividade. Nesse sentido, as atividades escolares não devem se restringir à sala de aula, pois todos os espaços devem ser integrados de forma planejada. Como a formação humana precisa acontecer o tempo inteiro, a integração da família, por exemplo, é de extrema importância para sustentar o desenvolvimento completo dos alunos. Ela também busca a equidade, visto que reconhece o direito que todos têm de aprender e acessar oportunidades diversificadas a partir de múltiplos espaços, saberes, agentes e linguagens.

O objetivo da educação integral é formar cidadãos críticos, autônomos e conscientes.  Conteúdos, conceitos e processos seguem sendo importantes papéis da escola, mas podem ser ressignificados, pois, na Educação Integral, o foco se amplia para o uso desses aprendizados nas práticas sociais e na resolução de problemas, de modo a construir e desenvolver, com os estudantes, as competências que os permitam conviver, ser, produzir e seguir aprendendo ao longo da vida.

A formação adequada dos professores é fundamental para que a educação integral aconteça plenamente. E eles precisam ter uma dedicação de tempo significativa, já que as equipes precisam acompanhar os estudantes, entender seus desafios, desejos de avanço e reconhecer suas habilidades individuais.

Por tudo isso, as Políticas Públicas precisam prever o investimento em metodologias e práticas de ensino-aprendizagem condizentes com essa visão de educação e, ainda, em inovações também na formação de professores e nas práticas de gestão adotadas pelas equipes e redes de ensino. É preciso que os educadores detenham um amplo conhecimento das múltiplas formas pelas quais as crianças e jovens aprendem e se desenvolvem e, consequentemente, de uma pluralidade de métodos e intervenções que podem ser colocados em prática a partir de suas necessidades, interesses e dos objetivos de aprendizagens e desenvolvimento definidos no currículo.

É preciso que a Política de Educação Integral garanta qualidade com equidade, e, para isso, alguns dispositivos são fundamentais, tais como: 

  • Planejamento da Gestão Educacional, com definição clara de desafios, metas e estratégias; 
  • Alinhamento entre todos os atores envolvidos no sistema, numa convergência de esforços em todos os níveis; 
  • Modelo de gestão estruturado e sustentável que articule, de maneira dialógica, a secretaria e as escolas; 
  • Marcos legais que garantam sustentação a essa política; Articulação intersetorial que garanta complementaridade às estratégias escolares; 
  • Mínimo de 7 horas e máximo de 9 horas diárias de jornada; Definição das aprendizagens esperadas para cada etapa; 
  • Programa de formação de professores com pelo menos 50% desses profissionais, de cada escola, envolvidos; 
  • Processo estruturado de avaliação da política; 
  • Processo estruturado de acompanhamento e tutoria dos professores; 
  • Garantia de tempo de planejamento e trabalho colaborativo em cada escola; 
  • Recursos didáticos de qualidade e disponíveis que apoiem as práticas de referência dos professores; 
  • Infraestrutura escolar adequada: mobiliário flexível, internet, acessibilidade, espaços diferenciados e adequados às faixas etárias (ateliê, biblioteca, espaços de convivência e descanso, quadra e espaços verdes, alimentação e higiene pessoal), recursos digitais disponíveis aos estudantes (especialmente a partir do Fundamental II); 
  • Interação permanente com outros agentes e espaços não escolares como parte da política de educação integral; 
  • Articulação de rede de proteção social aos estudantes, com integração mínima das políticas de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social.

A Educação Integral apoia-se na articulação de políticas (cultura, esporte, assistência social, meio ambiente, saúde e outras) e programas. Nessa, a escola é a articuladora das diversas experiências educativas que os alunos podem viver dentro e fora dela, a partir de uma intencionalidade clara que favoreça as aprendizagens importantes para o seu desenvolvimento integral.  Professores e alunos, educadores e educandos perguntam, respondem, debatem e problematizam acerca do comum que os atravessa. Crianças e jovens são sujeitos de direito, atores sociais com expressão e linguagens singulares, não meros objetos da educação.

Um estudo constatou que o benefício social da educação integral é seis vezes maior que o seu custo. A educação integral pode ser a base para uma renovação nas estruturas educacionais do Brasil. E, como a educação é a base central da formação dos cidadãos, o resultado seria o desenvolvimento da própria sociedade.  

Conheça mais sobre o Instituto Signativo!

Categorias
Educação para a Paz Para educadores

Educação para paz e o socioemocional de professores e alunos.

Como lidar com o crescimento da violência? Quais as competências socioemocionais necessárias à apaziguamento da rotina escolar? O que deve ser feito para implementar a educação para a paz?

Há 5 anos está em vigor a Lei número 13.663, que incluiu a promoção da cultura de paz e da não violência nas escolas. Mesmo assim, o bullying e fatos tão ou ainda mais graves têm sido muito comuns nos estabelecimentos de ensino. 

Os episódios de violência e ameaças ganham força em todo o Brasil. E na mesma proporção, aumentam os debates sobre como gerenciar para mudar este quadro preocupante.

Cultura de paz como conjunto de valores

Pais de alunos, estudantes, professores, diretores, coordenadores, administradores públicos podem divergir em alguns pontos. Mas há um ponto em comum: toda a comunidade escolar acredita que trabalhar com a cultura de paz nas escolas é uma forma de reduzir a violência. 

Promover o respeito e a inclusão da diversidade, fortalecendo o consentimento de todos serem o que são e os demais direitos humanos é a melhor saída. Somente quando as atividades que trabalham a cultura de paz nas escolas se multiplicarem por todos os cantos do País, estaremos mais perto do resultado esperado.

Comentamos sobre a Legislação brasileira que trata este tema, mas é importante salientar também que desde 2004, a Organização das Nações Unidas, a ONU, especificou o real significado da cultura de paz, que é:

“Uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados: no respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não-violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação; no pleno respeito e na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais; no compromisso com a solução pacífica dos conflitos; nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio-ambiente para as gerações presente e futuras; no respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens; no respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e informação; na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, cooperação, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da sociedade e entre as nações; e animados por uma atmosfera nacional e internacional que favoreça a paz.”

Espaços sem desrespeito, sofrimento e violência

Para resolver um problema da Educação, mais educação. É aí que entra o conceito socioemocional, que leva ao entendimento que tanto os educadores, quanto os alunos precisam se desenvolver nas chamadas competências socioemocionais. A rotina escolar estará livre da violência quando a sociedade alcançar o almejado equilíbrio emocional. 

Valores como respeito, cooperação genuína, ética, convivência amigável, empatia e diálogo são de fundamental importância para a vida em sociedade em todos os âmbitos. Porém, infelizmente, o que vimos nos últimos anos, foi o distanciamento disso tudo. Sendo que o avanço da tecnologia é apenas um dos fatores que tornaram as relações humanas mais complexas. 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) também defende que a cultura de paz nas escolas deve ser trabalhada. Portanto, está mais do que na hora de arregaçar as mangas. Como? Aumentando a dedicação e os esforços no sentido de fortalecer um sistema que vise a promoção de um ambiente de respeito. No qual as diferenças não sejam alvo de exclusão. Mas passem a ser vistas como uma riqueza. O intuito é estabelecer espaços onde não haja, desrespeito, sofrimento e violência. 

Educação socioemocional fortalece educação para a paz

Na rotina escolar e no dia a dia do professor na escola, há diversas intervenções socioemocionais que podem contribuir para a paz. Mas antes de mais nada é preciso compreender direito o que são e quais são as competências socioemocionais.

E como elas envolvem o estudo das emoções. Vale lembrar que até recentemente, era comum vermos as emoções sendo abordadas por meio de várias perspectivas na Neuropsicologia, Biologia, Psicopedagogia, Psicologia, Psiquiatria e Cultura. No entanto, como objeto de estudo, as competências socioemocionais chegam no cenário escolar.

Afinal, elas também estão presentes em todas as 10 competências gerais das novas diretrizes propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). E na proposta de Educação para o século 21 da UNESCO).

Desde 2020, todas as escolas contemplam as competências socioemocionais em seus currículos. A educação socioemocional, como processo de entendimento e manejo das emoções, enfrenta vários desafios. Porque já é bastante árduo trabalhar as habilidades cognitivas e acadêmicas nestes ambientes. 

Mas investir em competências socioemocionais beneficia os professores e os alunos. Na medida em que melhoram o desempenho escolar de modo geral e impactam diretamente na qualidade da vida em sociedade.

Intervenções socioemocionais que contribuem para a paz

Muitos apenas relacionam o desenvolvimento das competências socioemocionais à violência do bullying. Claro que este conjunto de ações intencionais e repetidas entre os alunos causa diversos danos e deve ser tratado. Mas não somente este. 

As situações que atrapalham e incomodam as ordens física e psicológica – acarretando traumas que, muitas vezes, as vítimas acabam levando para o resto da vida -, são muitas. E o corpo docente deve estar preparado para identificá-las na rotina escolar. 

As competências socioemocionais que incluem autoconsciência, autogestão, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisão responsável precisam ser utilizadas sempre que um estudante traz problemas de casa à escola. Seja falta de atenção dos pais, excesso de brigas no lar ou problemas como alcoolismo e desemprego na família. 

Uma vez identificadas estas situações, é hora de implementar certas ações no dia a dia da escola e no momento de planejar as aulas e atividades. É no âmbito da educação socioemocional que o professor vai considerar, desenvolver e aprimorar as competências e habilidades dos alunos em aspectos sociais e emocionais, ao estimular o autoconhecimento, a criatividade, a resiliência, a empatia, o pensamento crítico, a colaboração e a resolução de conflitos. 

Tudo isso pensando em uma sociedade mais justa e igualitária, com alunos preparados pra enfrentar os vários desafios que o século 21 traz.

Professores graduados ganham conhecimento 

Os educadores encaram grandes desafios em relação ao comportamento das estudantes. Muitos apresentam atitudes inadequadas devido às necessidades não atendidas pela família e pela sociedade.

As lideranças escolares também são alvo da violência. Hoje já se sabe que o Brasil lidera o ranking de agressões contra docentes. Nestes casos, os alunos são autores de ações injustas ou transgressoras

O uso de punições é uma forma de defesa. Porém, a ideologia da violência acaba por ocultar aquilo que ela mesma tem de irracional e inaceitável, valorizando-a positivamente. Como disse Gandhi, “não se pode construir a paz sobre os alicerces do medo”.

O desenvolvimento socioemocional do professor é crucial para atender a demanda de alunos que vivem diferentes cotidianos, se desafiando constantemente com suas questões emocionais, dificuldades e inseguranças.

É por isso, que o Instituto Signativo oferece o curso de pós-graduação em Inteligência Emocional, voltado para educadores, professores da educação básica, gestores, pedagogos, psicopedagogos, pais e demais interessados.

Conheça agora em detalhes o Instituto Signativo!

Categorias
Para educadores

Pedagogia da Consciência

Este material é para você “provar um gostinho” da Pedagogia da Consciência! Você se identifica com alguma dessas cenas? Já se viu falando (ou ouvindo) alguma coisa parecida, no meio de colegas professores? Vamos aproveitar e refletir sobre alguns dos temas que iremos aprofundar em breve.

O SER HUMANO CONTEMPORÂNEO

As novas gerações estão imersas, cada vez mais, em um mundo mediado pelas tecnologias, especialmente as conectadas em rede. Assim, nós, enquanto professores, precisamos refletir sobre nossas práticas pedagógicas nesse contexto tecnológico. É fundamental pensar em uma metodologia para uma prática de educação libertadora, uma pedagogia da consciência, na formação de um novo profissional do ensino, de um novo ambiente educacional e de pessoas que, estimuladas por esses ambientes escolares, possam exercer sua criatividade e protagonismo, para que, assim, esses sujeitos possam desenvolver o máximo de seu potencial. Cada proposta educacional deve ser pensada considerando a realidade em que será realizada, as necessidades do grupo, as demandas do mundo, os sujeitos envolvidos. 

O QUE DESEJAMOS PARA O FUTURO?

Estamos atentos ao ser humano do futuro: aquele que é formado no presente, mas que precisa desenvolver as habilidades e competências que o futuro exigirá dele. Essa visão acerca da educação está em sintonia com a lei máxima da educação brasileira, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (93.94/96): “A educação, […], tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. O Instituto Signativo busca “inspirar a escola criativa e inovadora, apoiando indivíduos em seu caminho de autodesenvolvimento”. 

Considera-se toda a complexidade da formação desse sujeito, tanto de forma interna, quanto externa.

  • Autoconhecimento
  • Independência emocional
  • Autonomia
  • Criatividade

 

Considera-se toda a complexidade da formação desse sujeito, tanto de forma interna, quanto externa. Busca-se um trabalho de autoconhecimento, visando a independência emocional, a autonomia, a criatividade. Compreendemos que o desenvolvimento integral do indivíduo ocorre por meio das vivências, das ações e da compreensão de todo o processo, alinhando, dessa forma, abordagens que contemplem o SENTIR – FAZER – PENSAR. Os Valores de efetividade, valorização das pessoas, criatividade, união (colaboração) e entusiasmo coadunam-se com os ensinamentos sobre Aprendizagem Profunda, os estudos da Inteligência Emocional, da Pedagogia Sistêmica, do Flow e da Criatividade, da Ludicidade, Movimento e Cultura da Infância, das experiências de cada indivíduo, dos estudos Cognitivos e das Neurociências. Buscamos o desenvolvimento de habilidades e competências concatenadas com a época atual, bem como olhamos para o futuro, para as demandas dessa sociedade altamente tecnológica, com um mercado de trabalho cada vez mais inovador. Juntamente com o desenvolvimento de habilidades, ressaltamos a motivação e o foco. 

O ALUNO DO FUTURO NECESSITA DE UMA ESCOLA “PARA” E “DO” FUTURO. 

O SER HUMANO INTEGRAL:

Partimos do pressuposto que, em ação conjunta, é preciso olhar para o aluno em suas diferentes fases de desenvolvimento, seus desejos, anseios, medos, sonhos, habilidades etc., e temos que fazer o mesmo com os educadores.

O sujeito que a sociedade espera que a escola forme deve ser, antes, vislumbrado na formação do profissional que, futuramente, será o responsável por esse trabalho. A sociedade espera a formação de um “sujeito integral”, que colabore para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

A formação humana integral foi concebida e vem sendo desenvolvida, dentro do contexto do mundo contemporâneo, partindo das necessidades próprias dessa época e apontando para o futuro e a construção de uma nova sociedade. Dessa maneira, destaca-se o desenvolvimento de um sujeito criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, proativo, antenado com as tecnologias e contextos digitais etc.

O DESENVOLVIMENTO DA PEDAGOGIA DA CONSCIÊNCIA

A Pedagogia da Consciência desenvolve o seu jeito de fazer educação estabelecendo um diálogo aberto e atento aos novos rumos das ciências educacionais. O aprender a conhecer também significa “desaprender” e “reaprender“. Com a certeza de que ninguém sabe tudo e de que o conhecimento é algo que está sempre em construção e em desenvolvimento, todos nós somos eternos aprendizes

COMO EDUCAR O SER HUMANO DO FUTURO? (AUTOCONHECIMENTO);

Nossa proposta visa favorecer múltiplas e ricas experiências formativas, de modo que cada indivíduo seja inspirado a continuar construindo o seu percurso formativo e fomentando novas mudanças em sua vida e no mundo. Partindo da compreensão do ser humano como um sujeito integral, pertencente a um contexto social, a um grupo familiar, a Equipe do Instituto Signativo desenvolveu estratégias e metodologias, com os professores, a fim de prepará-los para implementar projetos e inspirar práticas transformadoras relevantes. 

O processo de ensino e aprendizagem é complexo, apresenta um caráter dinâmico; necessitando, igualmente, de metodologias e de estratégias de intervenção pedagógica igualmente dinâmicas. São necessárias, também, ações direcionadas para que os estudantes desenvolvam os conhecimentos durante as atividades, a partir da relação com seus saberes prévios e, após, para terem condições de avançar na construção de novos conhecimentos, sem lacunas de aprendizagem. É preciso olhar para a realidade assim como ela é e, a partir dela, desenvolvermos nossas estratégias. 

A visão do ser humano integral deve estar associada a uma concepção de formação que, de fato, considere o “sentir – agir – pensar” dentro de um processo interligado, conectado entre os sujeitos envolvidos. Temos, na Pedagogia da Consciência,  um entrelaçamento dos atores. Não existem “barreiras” ou hierarquias nas relações, todos se modificam ao passo que as situações são vivenciadas de forma significativa.

O ser “significativo” é entendido de forma ampla, pois precisa fazer sentido para os educadores e, claro, para os estudantes. Desse modo, o sujeito em fase de aprendizado escolar é visto de maneira individualizada, e o professor deve disponibilizar inúmeras maneiras de interação e intervenção pedagógica no processo de ensino-aprendizagem. 

Aos estudantes, deve ser assegurada a oportunidade de terem um processo formativo customizado e adequado às suas reais necessidades; por outro lado, aos educadores, deve ser garantida  uma formação voltada para o autodesenvolvimento, a tal ponto que eles sejam capazes de mobilizar as melhores e mais efetivas estratégias, de forma a obterem os melhores resultados, conforme determinados objetivos educacionais. Além do mais, a segurança de, a todo e qualquer momento, poder ajustar rotas e definir novos planos de ação e intervenção pedagógica. Em “jornadas de aprendizagem”, o tempo e o ritmo de cada aluno são respeitados; e tudo isso respaldado por um planejamento adequado de desenvolvimento do ciclo de aprendizagem, conforme adotado pela escola ou sistema de ensino (ciclos, semestres, trimestres etc.)

O primeiro passo é o despertar da curiosidade. Professores e estudantes precisam ser curiosos, questionadores, pesquisadores, assim como um aventureiro em busca de um tesouro escondido. Um bom início é buscar compreender as coisas mais simples do cotidiano; esse exercício logo levará a pessoa a se questionar sobre questões mais profundas, mais complexas. Assim, a curiosidade será direcionada para promover um ambiente de pesquisas, em que todos estarão, de forma ativa, buscando, cada vez mais, conhecimentos sobre assuntos diversos, construindo seus itinerários formativos enquanto desenvolvem o gosto pelos estudos e pela pesquisa. 

Outra estratégia a ser empregada é o “apenas faça”. Parece algo solto; contudo, muitas vezes, o que atrapalha o desenvolvimento dos estudantes é o deixar de fazer, seja por frustração do ainda não saber, seja por preguiça, por desinteresse etc. Desse modo, um passo importante, ao aprender a conhecer, é ter uma atitude aberta à tentativa. Isso exige, também, um outro modo de olhar para o erro. Não há saber científico construído sem tentativa e erro; mas, a cada vez, aprende-se mais no processo. Se observado, estudado, compreendido, superado, o erro é um degrau importante na construção do conhecimento.

RELAÇÃO DOS ATORES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM (PEDAGOGIA SISTÊMICA);

Através do olhar da Pedagogia Sistêmica compreendemos que os indivíduos não são divididos em repartições ou compartimentos: cognitivo, emocional, atitudes, valores, mas esses elementos, juntos e de forma indissociável, compõem cada um de nós. Do mesmo modo, os conhecimentos também não estão isolados, todos estão conectados, interligados.

O conhecimento é sistêmico. Compreendemos o indivíduo no mundo, pois, além das compreensões clássicas do ser político, histórico e social, temos a valorização das suas vivências e percepções efetivas. Dificuldades, conflitos, bloqueios, entre muitos outros, de ordem consciente e inconsciente, podem ser influenciados por fatores que fogem da análise do indivíduo. Esses fatores podem vir de outros membros da família, inclusive de gerações passadas.

Os saberes do Pensamento Sistêmico permitirão, aos docentes, perceberem a pessoa como indivíduo pertencente a um sistema com uma estrutura inter-relacionada, não como um sujeito isolado. 

A abordagem Sistêmica está baseada na inclusão. Todos têm um lugar. Será possível refletir quanto aos caminhos de intervenção do professor dentro do processo de ensino aprendizagem, pois ele olhará não somente o aluno, mas será capaz de perceber outros fatores que, à primeira vista, ficam ocultos. A utilização da abordagem Sistêmica no contexto escolar pode conduzir os alunos a alcançarem bons resultados no processo ensino aprendizagem.

NOSSO JEITO DE SER E DE FAZER: PEDAGOGIA DA CONSCIÊNCIA

Quem educa o educador integral? O que é preciso ter em sua formação? Que competências e habilidades são desejáveis que os educadores desenvolvam?

Tão importante e necessário quanto olhar para o aluno, o sujeito aprendente, é olharmos para quem é o responsável por formá-lo, aqueles profissionais que foram incumbidos dessa árdua missão. Trabalhar com a formação continuada e a capacitação dos educadores e demais profissionais da educação é fundamental, pois essa inspiração e transformação que sonhamos exige um compromisso real com a Educação, com os alunos, com a sociedade. Um educador precisa não só pensar certo, mas também fazer certo. 

A Pedagogia da Consciência busca a construção de um verdadeiro canal de comunicação com os diferentes integrantes do espaço escolar. Precisamos conversar com quem realmente está no “chão da escola”, no dia a dia, nos diferentes espaços, para, assim, falarmos “a mesma língua”. Principalmente com os educadores, por serem os profissionais que mantêm o coração da escola pulsando, a fim de que se sintam à vontade para se desenvolverem pessoal e profissionalmente, serem criativos, se tornarem o próprio exemplo na relação aluno/professor. 

DA TEORIA À SALA DE AULA: COMO EDUCAR OS EDUCADORES?

A busca de uma educação que faça sentido é o que nos inspira e nos move a arregaçar as mangas, a fim de, juntos, construirmos esse presente e esse futuro conforme nossos sonhos e ideais coletivos, contando com a colaboração efetiva, enriquecedora e indispensável de cada um e de todos.

O profissional da educação de hoje e do futuro precisa ter vivências profissionais e formativas dispostas e voltadas para os diferentes contextos, visando o desenvolvimento de competências que extrapolam os conteúdos curriculares, construídos numa concepção de intervenção pedagógica que preserve a autonomia, a autogestão, a criatividade dos estudantes. Quanto maior for o domínio das habilidades e competências dos profissionais da educação, mais autonomia desenvolverão na sua prática profissional. 

Devemos alinhar todas as teorias apresentadas à proposta de desenvolver uma formação, com os educadores, que permita-lhes, primeiro, VIVENCIAR essa nova forma de fazer educação e, segundo, por eles, de fato, experimentarem esse novo jeito, percebendo que é possível transformar nossas escolas em um ambiente vivo, acolhedor e rico de práticas significativas. 

Vislumbramos, na Pedagogia da Consciência, possibilidades de atuação e intervenção docente consonantes com a autonomia dos estudantes; olhando para a educação do futuro; considerando o uso das tecnologias em rede; da formação integral do ser humano e da educação autodirigida. 

Embora a proposta da Metodologia da Pedagogia da Consciência tenha como sujeitos os educadores, em todos os momentos, áreas do conhecimento e ações de formação, visamos não somente o desenvolvimento profissional do docente, mas, também, o público alvo desses profissionais: os educandos. Afinal, são os alunos, no dia a dia das escolas, que qualquer proposta educacional deve preservar; seja de forma direta (uma metodologia que será desenvolvida dentro das escolas regulares), como indireta (pela capacitação profissional dos educadores que estão cotidianamente nas escolas desenvolvendo esse trabalho).     

 

Categorias
Para educadores

Educação socioemocional, do professor

Muito temos ouvido falar sobre o tema educação para o século XXI, mas pouco sobre a importância da educação afetiva e da urgência em contar com um educador também desenvolvido na competência socioemocional que se espera dos alunos. Neste sentido, a formação do professor é essencial.

Afinal, vale lembrar que profissionais com esta competência tendem a ter índices de satisfação mais altos com sua própria profissão e com a vida. E ainda se sentem melhor preparados para contribuir com o clima nas escolas e vencer os desafios da missão de educar.

As relações humanas que sustentam as aprendizagens

As relações humanas no ambiente da escola devem ser aperfeiçoadas para garantir uma educação integral e transformadora. O mercado global está cobrando cada vez mais que educadores e jovens sejam protagonistas de seu próprio desenvolvimento e de suas comunidades.

Para alcançar estes objetivos, o educador passa a figurar como agente central e mediador em modelos de ensino mais flexíveis e abrangentes. A fórmula capaz de reconectar o professor à nova realidade está diretamente relacionada à educação socioemocional

Somente assim, o educador consegue colocar em prática as melhores atitudes e habilidades para controlar suas próprias emoções, manter relações sociais positivas, demonstrar empatia e tomar decisões de maneira responsável. Tudo isso visando que as práticas pedagógicas tornem-se mais eficazes e justas. 

A preocupação com este assunto nunca foi tão importante. A discussão sobre a educação afetiva como um processo de formação integral, que não se restringe à transmissão de conteúdos, ganha espaço não somente nos meios acadêmicos. 

O dia a dia da escola e a formação dos professores

No dia a dia escolar, o educador enfrenta salas de aula cada vez mais heterogêneas. Durante a Pandemia do Coronavírus, as desigualdades de acesso ao ensino remoto, os níveis de aprendizagem e as necessidades sociais das famílias dos alunos se destacaram mais ainda. Para dar suporte ao trabalho docente, foi necessária uma quebra do paradigma. 

Os professores passaram a entender que quanto maior for a interação entre os estudantes, maior é o aprendizado. As aulas meramente expositivas com alunos passivos cedem espaço para os debates e discussões em grupo. E a educação afetiva entra em cena para potencializar o desempenho tanto do educador, quanto dos alunos. 

O desenvolvimento socioemocional do professor é crucial para atender a demanda de alunos que vivem diferentes cotidianos, se desafiando constantemente com suas questões emocionais, dificuldades e inseguranças.

É o educador, a figura que prepara os estudantes que hoje estão entrando no Ensino Fundamental para passar os próximos 15 anos pela mesma quantidade de mudanças que a humanidade experimentou no último século. 

Um novo mercado de trabalho

Um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, volátil e incerto espera jovens e adultos que dominem conteúdos e técnicas. E tenham habilidades socioemocionais para se relacionar com a sociedade, gerando sempre oportunidades de qualidade de vida para todos. 

A heterogeneidade de saberes que existe entre os professores pode ser vista como um aspecto positivo e não como uma dificuldade. Porém, apenas isso não garante que educadores estejam preparados para os desafios do século XXI. A formação continuada deles, principalmente o desenvolvimento nas competências socioemocionais, é imperativa.

Mas, como desenvolver estas competências?

Você sabia que as competências socioemocionais são fortalecidas ao longo da vida? Seu desenvolvimento vai de políticas educacionais às práticas escolares que visam a educação afetiva e integral. 

As competências socioemocionais são maleáveis, ou seja, podem mudar ao longo da vida, além de serem desenvolvidas por meio de diversas estratégias. Entre elas, as atividades que apoiem o cognitivo e o socioemocional com o mesmo peso. Sempre lembrando que cada indivíduo tem suas próprias especificidades, mapas mentais, circunstâncias de vida, crenças e valores. 

O educador deve contar com ferramentas apropriadas que o leve a conhecer seu real potencial e suas competências socioemocionais. A partir disso, ele torna-se capaz de mobilizar seus projetos, necessidades e vontades.

O professor pode desenvolver competências socioemocionais em si mesmo. Passo que permite abordá-las para o desenvolvimento dos estudantes em diferentes espaços de aprendizagem. Conheça as chamadas macrocompetências essenciais para a vida de todos, independentemente de idade ou profissão: 

  • Resiliência emocional;
  • Abertura ao novo;
  • Amabilidade;
  • Autogestão;
  • Engajamento com os outros.

Mantendo seu próprio equilíbrio emocional quando as demandas emocionais dos alunos são tão grandes

Se você é professor, deve estar pensando que toda esta teoria comentada até aqui faz sentido, mas que a prática é outra. Se você não sabe como manter o próprio equilíbrio emocional quando as demandas emocionais dos seus alunos são tão grandes, temos uma boa notícia. 

O Instituto Signativo existe para educar o educador. Por isso, oferece curso de pós-graduação em inteligência socioemocional na educação. Uma especialização reconhecida pelo MEC. Você também merece uma oportunidade para se atualizar e cuidar do seu autodesenvolvimento. E ser o verdadeiro agente das transformações que se espera neste segmento tão importante à sociedade em geral.

O Instituto Signativo, preocupado com a formação dos professores, habilita profissionais para o exercício da função de Especialista em Inteligência Socioemocional na Educação.

Ao oferecer elementos teórico-metodológicos para a construção de um conhecimento aprofundado sobre ferramentas socioemocionais para atuação no campo da Educação Básica, o Signativo desenvolve discussões acerca das estruturas filosóficas pedagógicas frente aos desafios da contemporaneidade.

Abordando as principais teorias e práticas atuais sobre desenvolvimento humano, social e emocional na educação por metodologias transformadoras e inovadoras, o Instituto promove uma carga horária de 360 horas. 

Você pode fazer o curso na modalidade online/EAD de março a dezembro, por meio de um investimento que cabe no seu bolso. 

Inscreva-se agora mesmo na turma 2023 com direito a 15% para educadores e mantenha o seu próprio equilíbrio emocional quando as demandas emocionais dos seus alunos são tão grandes.

Clique aqui para inscrições gerais para bolsas de estudos.